09 junho, 2013

Neste mundo...


   Aonde realmente queremos ir? Caminhamos a pé, ou então arrumamos uma maneira de alguém nos carregar? A forma como chegamos lá, na maioria das vezes não importa, desde que sejamos os primeiros na linha de frente. Não é seco nem grosso da minha parte dizer isso dessa forma, mas é verdade, as pessoas se usam para alcançar seus objetivos mais imundos. E são exatamente essas pessoas, totalmente se caráter que cobram moral das pessoas a sua volta. 
   Fiz uma viajem muito cansativa, aproveitei muito alguns dos lugares nos quais passei, não todos, mas a maioria. Vi coisas que me deixaram surpresa, como a realidade humana pode ser dessa forma? Eu simplesmente fingia saber, quando na realidade, eu nem fazia ideia, agora eu tenho uma base para falar: 
_ Eu sei, eu vi, eu senti!
   Andando ali, pela 25 de Março em São Paulo, um pouco depois de sair do mercadão, lugar que por sua vez, não é onde eu gostaria de voltar. Eu via o lixo impregnado na rua, jogado ali para que qualquer um visse, a sujeira tampando maior parte dos bueiros, e jogando seu cheiro no ar, contaminando as paisagens que o homem construiu. Não é algo realmente muito bom de se ver, o lugar ainda estava vazio, não passavam das 6:30 da manhã ainda. 
   Não ficamos por muito tempo ali naquele lugar, fomos de taxi a um tipo de "Shopping Popular". Haviam japoneses, chineses, bolivianos, brasileiros, argentinos, gente de tudo quanto é lugar vendendo ali. A forma como nos olhavam, como se fôssemos roubá-los a qualquer momento, olhares de raiva e ódio. Me senti muito mal ali naquele lugar. Eram umas 9:20 da manhã quando deixamos esse lugar e voltamos todos para o ônibus. 
   A segunda parada foi melhor que a primeira, fomos para uma exposição da Sesc. Vi e aprendi muitas coisas lá,  aprendi um pouco mais sobre a história de Bauhaus, no caso, foi sobre a fotografia da época, e como ela era visada. Saímos da Sesc por volta de 11:30 e 11:50, e fomos para o Shopping almoçar. 
   Não quis ficar dentro do shopping por muito tempo, eu estava com muito sono, então resolvi voltar para dentro do ônibus e tentar descansar um pouco antes de partirmos as 2 horas. Acho que levei mais de 30 min. para encontrar o ônibus, eu me perdi no caminho pra ele. Acordei quando senti o ônibus se movendo, então fomos para a Casa Cor.
   A melhor parte de toda a viagem, o lugar que fez tudo "Valer a Pena"... Na entrada, estava exibindo lustres feitos por arquitetos, eram realmente muito lindos. Dentro dos prédios, tinham variações de ambientes. locais decorados de acordo com um tema, tudo completamente detalhado, com um único propósito, ser vendido!
   Claro que há pessoas "como nós" que só vão a lugares como esse, para conhecer e aprender um pouco mais sobre esse mundo de tecnologia e inovação, para nós que cursamos arquitetura, estar perto da arte, é inspirador para a alma.
   Com meu senso crítico eu pude perceber a noção do espaço, onde muita coisa, era "exagerado". Não precisamos maquiar muito um ambiente pra ele parecer harmonioso, confortável e elegante. Haviam espaços onde a pessoa responsável, encheu tanto, e colocou tantas coisas, que era tanta informação para entender do espaço, que tive de sair do local, para poder me sentir aliviada, e dentro do mundo real.
   Os jardins e as tonalidades das coisas para os variados lugares, era perfeito. Mas tudo que é muito bom, acaba cedo demais. Nunca vou me esquecer dessa viagem, mas ei de fazer outras, com toda a certeza!
   O que me deixou triste, é de ver a diferença de um lugar para o outro, uma parte de São Paulo é completamente desestruturada, onde ninguém quer estar realmente, quando que a outra parte, é onde todos queremos estar. As pessoas também são completamente diferentes, em um elas te olham de cima em baixo, tentando descobrir se suas intenções são boas ou ruins, te olham com ódio e raiva. Já em outro lugar, as pessoas estão somente preocupadas com o que elas estão fazendo. A educação e o ambiente definem o ser humano, e isso realmente é algo com o que eu devo começar a me preocupar daqui pra frente.

   Neste mundo... O que não vemos não é porque esta escondido, é porque nossos próprios olhos não acreditariam quando vissem, há coisas que devemos e podemos saber, mas há outras, que não conseguimos ver nem sequer imaginar, porque o toque de realidade as vezes escapa da nossa própria. 

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